quarta-feira, outubro 09, 2013

Poeminha para um diálogo com a Adriana

acho que cheguei tão tarde
que tudo já havia acontecido
sobrou o prato vazio
a sede no copo quebrado
a vida interrompida
a cólera: desmedida

só eu insisti em ficar
arrebol em desalinho
nuvem em assovio
argamassa de arrepios
saudação de arco-íris

Assis Freitas

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... dos ratos que circulam no sótão, juntos aos abortos de risadas míopes, as flores murchas dos cadáveres, pelas comunicações eletrônicas que se cortam ao mesmo tempo que os colares de pérolas e as cordas dos andaimes ... não se atrase amor...
não se atrase.

Adriana Zapparoli

Um comentário:

dade amorim disse...

Belezas tuas e dela.

Beijo